sexta-feira, 10 de março de 2017
Luto
Não quero mostrar perplexidade diante de um fato consumado, a morte tem o dom de nos silenciar, de nos arrancar qualquer argumento.
Já percebeu que, quem está fadado a ir cedo tem uma história mais corrida que os demais???
Assim era a Rose Meire, tempestade pura, baixinha e desafiadora, feito um pavio que se consome rápido.
Era muito divertida a sua companhia, seu sorriso aberto...escandaloso sorriso de menina que faz questão de se aparecer, daquelas crianças que a vida coloca de joelhos e ela se levanta.
Veio da Cohab Raposo junto com a amiga Lucileia Ferreira e não era brilhante mas, tinha vontade de aprender, não sei se aprendeu, ela gostava mesmo é de estar com aquela gente toda, a camisa 4 lhe caiu bem.
Uma pessoa que se considerava craque me perguntou:
_Por que a Baixinha joga e eu sou reserva???
_Está vendo toda aquela voluntariedade, todo aquele amor???
_Sim
_A isso, se dá o nome de alma, coisa que você jamais terá.
Não, não quero prantear a dor da partida, quero ressaltar que tive a honra de vê-la sorrir.
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