quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O Borracha.


Essa é uma postagem de reconhecimento e de saudades, tem pessoas que aparecem na vida da gente sem avisar, fazem um barulho tão grande que, a ausência deixa um vazio, ao relembra-las, um sorriso se faz, mesmo que não queiras.
Quando a seleção, nas quadras e nos campos, mostrou toda a sua categoria, passamos a fazer os jogos em alto estilo, jogar em alto estilo te exige uma dose grande de seriedade e profissionalismo, o Dínamo passou a ser um time de compromisso com a seriedade e, não foi para tal que o Dínamo foi criado.
Quando a família da Zulmira se mudou da Osvaldão, não mudou nada, os filhos continuaram a frequentar a rua e, por consequência, os jogos do Dínamo.
Claro que os filhos da Zulmira têm a facilidade de fazer amizades e, um dia apareceram, vindos do Sapé, com essa figura.
Primeiro se pensou que o apelido fosse uma alusão ao tom de sua cor, um goleiro de futsal, disseram os meninos.
Antes do primeiro jogo, já caminhava na rua como se tivesse nascido lá e, arrebatado nossos corações,
Virou torcedor fiel do time das meninas e as acompanhava por todos os lugares, mesmo quando tinha que viajar.
Quando defendia o gol do Dínamo, dava o seu máximo e, o máximo dele ia bem além do máximo de qualquer um.
Aquelas bolas que os outros goleiros não vão, para não se machucarem, ele ia e ...voltava, mesmo que tivesse que sair de quadra mancando ou arrastado.
E então, descobrimos que o seu apelido não era por conta da cor da pele, aquele maluco acreditava que era feito de borracha.
Esse é mais um, daquelas criaturas que aparecem num time para mostrar que um sorriso vale muito mais do que troféus.

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O Niltão sempre foi esquisito mesmo